terça-feira, 26 de junho de 2012

O Amanhã depende de si...



O Programa ‘O Amanhã depende de Si’, projeto realizado entre a Escola Superior de Saúde (ESS) do Instituto Politécnico de Setúbal e a Associação de Mulheres com Patologia Mamária do Barreiro (AMPM) e em parceria com a Câmara Municipal do Barreiro, já tem os seus resultados.

Com uma duração de cerca de três meses, o projeto sem fins lucrativos teve início em março de 2012 com vista ao aumento da prática de atividade física em mulheres que tenham sido vítimas de cancro da mama/patologia mamária e que já tenham terminado os tratamentos, aumentando assim a sua qualidade de vida e bem-estar. O programa foi constituído pela vertente Educacional e pela vertente Prática de Classes em grupo, no concelho do Barreiro, e protagonizado por três alunas do 4º ano da Licenciatura em Fisioterapia.

«O Amanhã depende de Si» no Barreiro<br>
Aumento da prática de atividade física por mulheres que sobreviveram ao cancro da mama

Segundo as alunas Ana Raquel Bernardo, Daniela Venâncio e Raquel Marques, conclui-se que o Objetivo Geral (‘Promover o aumento de conhecimento sobre a prática de atividade física em sobreviventes ao cancro da mama e aumento da motivação para esta prática’) da Componente Educacional “foi concretizado com sucesso”. “Todas participantes aumentaram a sua motivação e o seu conhecimento face à prática de atividade física, desde a avaliação inicial à final (quer no que respeita aos benefícios desta prática e riscos inerentes ao sedentarismo, quer no que respeita às estratégias para que esta prática seja feita de forma autónoma)”, apontam.

Verificado foi, igualmente, que o objetivo mais pertinente da componente Prática, e que melhor satisfaz a finalidade do projeto, foi alcançado em 100%, sendo que “todas as participantes apresentam, no final do programa, um nível de prática de Atividade Física moderado ou superior”. “Outro dos objetivos que satisfaz a finalidade do projeto é o aumento da Qualidade de Vida. O domínio que apresentou maior sucesso foi a QV associada à funcionalidade (67%), o que é bastante promissor, tendo em conta que esta é considerada uma das mais importantes componentes da Qualidade de Vida nos doentes oncológicos”, acrescentam.

Na opinião das jovens estudantes, “a heterogeneidade do grupo, que poderia ser considerada uma adversidade neste tipo de programas, revelou-se bastante interessante e enriquecedora, por ter sido encarada com um desafio”. Conforme explicam, tal possibilitou “explorar diversas valências de cada participante” e, principalmente, “permitiu às participantes desenvolver e demonstrar competências diferentes, consoante as suas capacidades, o que é fundamental num projeto que pretende alcançar elevados níveis de autonomia”.

Ana Raquel Bernardo, Daniela Venâncio e Raquel Marques admitem que, além disso, verificou-se, de igual modo, “um espírito de partilha e entreajuda no seio do grupo, que foi classificado como bastante positivo por todas as participantes”.


Sem comentários: